rascunho 0003

Ela está cansada da comida inútil, q atrofia o corpo & cava um hiato no mundano espírito; cansei-me também das dependências da emoção: como eu queria, sem me preocupar, andar por essa cidade, pulsando sangue num coração de gelo, em mim — mas, tudo há de derreter, dizem; e congelar: mas daí sussurram. Acontece que estes acidentes já nos são mais que coisas corriqueiras, são agora parte dos sorrisos, parte dos charmes, da elegância, da sintaxe carregada que insiste em se fazer presente nos livros lidos, e, não, eu não li todos os livros.

Desgosto de vela apagada, que submerge por baixo d’uma anuviada admiração às palavras de ordem: negativas; e a erótica segue sendo coisa mais cobiçada, com idêntico q de estranhamento: com álibi prematuro e eterno de água lágrima.

Na carta, me recordo que ela disse talvez coisa assim parecida:

“o fragmento, as fragmentações, elas vêm (amar concerne o trajeto, se necessário); mas sem se apavorar com a velhice: até porque teus cabelos sempre estarão no lugar que foram projetados para estar e claro, te embelezar."
[...],


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