VIDEODROME, notas, rascunho







videodrome começa à maneira de marcas da violência, no sentido de que os primeiros personagens que aparecem em tela estão condenados – pela narrativa –, à morte. mas se o segundo, já nas cenas iniciais, é
esteticizado por violência bruta, concreta: o primeiro é pelo erotismo, uma erótica em tensão, inclusive, mas que logo sucumbi: aos poucos funde-se com uma violência particular: depois, à violência concreta, que culmina no terror.

se faço a comparação entre os dois filmes, é para tentar assimilar que enquanto marcas mantém um elemento de horror cujo fluxo é dominante e humano, videodrome fragmenta suas formas de persuasão, indo de um tipo de terror ao outro. e o ponto de partida é humano: o erotismo, o sexo, que não ocorre desacompanhado de um mal-estar deveras fatalista. na evolução da narrativa, o filme se abre para o sobrenatural, a metáfora, a fantasia… mas quando james wood é sugado pela tela de televisão, estamos em verdade diante do absurdo: não da metáfora. o que vemos é o que de fato está acontecendo, o homem finalmente se torna um com suas próteses, porque a carne é triste: e a tristeza merece extinção. então: vida longa às novas carnes.

outros pontos para ruminar: o filme parece filmado por um homem new flesh, estrutura do longa, ritmo, preferências estéticas, ritmo: como se integrante formal deste mundo de urgência criado pelo entretenimento pós-anos 60. não li adorno o suficiente para ir além e sinto que necessito. mas repare, james woods nunca pensa, sua resposta, quando encontra-se inteiramente sem rumo: um sorriso carismático, imediato. o filme não te deixa pensar. quando não há diálogo e woods está calado: voz em off, da mulher velha que tem tesão em homens cinco vezes mais novos que ela. resta, quem sabe, para entender este filme: não pensar. bem difícil é não entender: se bem que talvez eu não entendi nada: e vida curta a todas as carnes.

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